sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Entrevista: Professora Lucinéia Santos


Lucinéia Santos, Formada em Farmácia Bioquímica pela UEL, ganhadora do prêmio Santander, atua na área de desenvolvimento de fitoterápicos e especializada na área de psicobiologia pela USP de Ribeirão Preto. Fez o Pós-doutorado pela Unesp de Assis e atual docente no Campus.



Descomplicando a Biotec: Qual foi a sua formação, professora?

Lucinéia: Sou formada em Farmácia Bioquímica pela UEL. Já meu mestrado e doutorado, ambos foram feitos na USP de Ribeirão Preto na área de psicobiologia, mais precisamente na área de psicofarmacologia. A área de psicobiologia compreende vários aspectos do funcionamento do sistema nervoso. Após essa formação, fiz um pós-doutorado na Unesp de Assis na área de desenvolvimento de compostos bioativos, podendo me aproximar das pesquisas com inflamação e antioxidante desses compostos.


DB: Quais pesquisas você realiza no campus da Unesp Assis ?

L: Minha linha de pesquisa parte do desenvolvimento de produtos fitoterápicos. Atualmente pesquisamos sobre o sisal, sendo o brasil o maior produtor e sua produção se concentrar no interior da Bahia. Através de pesquisas, tentamos atribuir um aproveitamento de cerca de 95% do que é produzido, visto que atualmente somente se é utilizado 5% da planta. Com isso, esperamos proporcionar um desenvolvimento social através de uma melhoria de renda na região. Além disso, a pesquisa não visa somente a descoberta de novas utilidades para o sisal, mas também o desenvolvimento de produtos visando mudar a realizada social de quem trabalha com sisal no sertão da Bahia.

DB: Por que você escolheu ser Docente do curso de Engenharia Biotecnológica ?

L: Eu me aproximo muito desse viés da Engenharia que busca tanto a pesquisa e entendimento de processos como a utilização da mesma para gerar mudanças. Além da Biotec Júnior que trabalho em parceria com o projetos de controle de qualidade.

DB: Na sua graduação em Farmácia, você já possuía o interesse de trabalhar com fármacos e fitoterápicos ?

L: O que me motivou a fazer Farmácia foi poder produzir produtos, trabalhar com cosméticos, tanto que eu só comecei mesmo a trabalhar nessa área aqui na Unesp desde o meu pós-doutorado, vendo uma tendencia de crescimento mundial nas pesquisas de fármacos e o fato de o Brasil possuir uma incrível biodiversidade.

DB: Qual sua opinião sobre o curso de Engenharia Biotecnológica, e o que você acha da formação de Engenheiro Biotecnológico?

L: É perceptível a diferença do curso desde a sua mudança de nome, tanto no objetivo do curso como no perfil dos alunos. Atualmente, acredito que o curso tenha um foco industrial ainda amplo para diversas áreas. Então acredito que meu papel como professora também é fazer os alunos se verem no mercado trabalhado divido essas diversas opções.
Acredito que estamos no caminho certo, mas devemos entender que no campus os discentes e professores formam um grupo com objetivo de desenvolvimento do curso. Na minha opinião, a união desse grupo implica nas limitações de até onde podemos ir com o curso.


DB: Na sua opinião, qual o diferencial do curso de Engenharia Biotecnológica da Unesp Assis?

L: Acredito que seja o intendimento da biodiversidade, devido a utilização de produtos naturais valorizando a riqueza vegetal que existe no nosso pais, pensando em todos as possibilidades de exploração desses produtos como fármacos, bioinseticidas, bioetanol dentre outros. Ou seja, a utilização de produtos para fins industrias com princípios ativos naturais.

DB: Qual sua opinião sobre a Biotec Júnior ?

Eu pude acompanhar a muito tempo a empresa e percebo que ela possui uma boa organização e encontra-se especializada atualmente. Acredito que a empresa seja de extrema importância para o curso, devido sua capacidade de aproximar a comunidade, as empresas e os próprios alunos tirando o aluno da função de aluno e atribuindo a ele a responsabilidade de um profissional.
















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