quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Proteína que inibe vírus da aids é descoberto em estudo da Austrália

Uma pesquisa realizada no Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, na Austrália, pelo cientista David Harrich revelou um medicamento que, ao contrário de muitas pesquisas que buscam a criação de um remédio capaz de eliminar o vírus da AIDS, mantém o vírus latente, entretanto torna-o incapaz de se reproduzir.

A modificação de uma proteína usado pelo HIV em sua reprodução foi usada para gerar um efeito contrário, incapacitando o crescimento do vírus. Nullbasic, como Harrich batizou, é o nome da proteína que tem a habilidade de contenção do crescimento do HIV em laboratório e essa nova descoberta pode ser animadoras para conter a aids e no tratamento de pessoas que contraíram o vírus.

Contudo, é importante ressaltar que essa descoberta não se refere a cura da doença, tampouco a eliminação total do vírus do organismo infectado.

"O vírus poderia infectar uma célula, mas não se disseminaria", disse Harrich. "O indivíduo ainda estaria infectado com HIV — não se trata de uma cura para o vírus —, mas o vírus permaneceria latente, não despertaria, portanto o paciente não desenvolveria a aids", acrescentou. "Com um tratamento como este, seria possível manter saudável o sistema imunológico", adicionou.

Um paciente infectado desencadeia a aids quando uma determinada contagem de células defesa do tipo CD4 cai demasiadamente ou desenvelve doenças que caracterizem a aids.  
      
Segundo a ONU, a maioria das pessoas com o vírus no organismo podem não desenvolver a doença por 15 anos ou mais e o uso de medicamentos antirretrovirais é capaz de prolongar a vida dos pacientes. A terapia genética Nullbasic é capaz de causar uma interrupção da escalada do HIV para aids, interrompendo o processo de letalidade da doença.

Segundo Harrich, o tratamento pode significar uma melhoria na qualidade de vida e menores custo para pessoas e os governos, já que o potencial dessa proteína é tão eficaz para combater o HIV que representaria o fim de custosas terapias e uso de diversos medicamentos.

Testes da proteínas já vem sido realizados em animais desde 2013, entretanto deve levar mais algum tempo para se obter um tratamento a partir delas.

Para saber mais sobre o artigo, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário