quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Gene ancestral do milho com resistência contra lagartas

Cientistas suíços da Universidade de Neuchâtel estão pesquisando o genoma de um milho ancestral para encontrar e recuperar características que conferiam resistência contra pragas. O intuito da pesquisa é reintroduzir esses genes no milho moderno para repor a defesa original do vegetal contra insetos e patógenos. 

O milho moderno perdeu a capacidade de produzir um composto químico chamado E-β-cariofileno, liberado naturalmente por ancestrais da planta quando as raízes estavam sob ataques de lagartas. Essa substância atrai nematoides amigáveis que matam as lavas da lagarta-da-raiz-do-milho (Diabrotica virgifera). 

Os pesquisadores confirmam que uma espécie de milho transgênica, a qual continha um gene do orégano, produziu o composto químico constantemente, atraindo os nematoides e consequentemente, sofreu menos com o ataque das lagartas-da-raiz. 

“As ferramentas de defesa podem ser diretas, como a produção de toxinas, ou indiretas, a exemplo da produção de substâncias que atraem inimigos naturais dos herbívoros. Estamos estudando o teosinto, um ancestral do milho, para encontrar outras formas de proteção, que podem ter sido perdidas com a domesticação, com o objetivo de restaurá-las no vegetal moderno” completou o pesquisador suíço, Dr. Ted Turlings. 

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