domingo, 31 de agosto de 2014

Componente do veneno da vespa mostrou-se eficaz contra perda de neurônios por Parkinson

A doença de Parkinson atinge o sistema nervoso central, provocando tremores, dificuldade para caminhar, se movimentar e se coordenar. A principal causa dessa doença é a morte de neurônios, em especial, na área do cérebro conhecida como substância negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor cuja ausência resulta na perda progressiva do controle motor. 


Atualmente, o principal tratamento para o Mal de Parkinson baseia-se na reposição de dopamina. Essa técnica ameniza os sintomas, entretanto, não impede a degeneração dos neurônios produtores de dopamina. Diante da falta de alternativa de tratamentos que definitivamente impediriam a evolução da doença, Márcia Renata Mortari, pesquisadora e professora da UnB, começou a testar o veneno de vespa em ratos com lesão cerebral.
Durante os testes realizados em ratos, um dos peptídeos presentes no veneno que foi injetado apresentou bons resultados. Após receberem um tratamento de quatro dias, com doses diárias desse peptídeo, houve melhorias nos testes comportamentais de equilíbrio e coordenação motora, nos quais não expressaram mais os principais sintomas do Parkinson.
No final do experimento, foi feita uma contagem de neurônios produtores de dopamina. Notou-se que o peptídeo tem uma ação neuroprotetora, visto que preservou uma quantidade de células nervosas dos ratos que receberam as doses diárias. De acordo com a pesquisadora, o peptídeo impediu que mais neurônios morressem, mas não reverteu a condição dos que já estavam degenerados. A meta do teste é que o composto seja capaz de impedir a progressão da doença. Estes foram apenas resultados iniciais, e testes como esse em humanos ainda devem levar muitos anos de pesquisa até que sejam feitos.

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