domingo, 6 de julho de 2014

Nova tecnologia é capaz de 'traçar' vida inteira de uma célula

Cientistas tem desenvolvido uma nova técnica capaz de traçar a “historia de vida” de células de um indivíduo, desde quando o mesmo ainda era um zigoto, ou seja, desde o momento em que há a fecundação dos gametas masculino e feminino. Observando a cópia do genoma humano presente em células saudáveis, eles dizem serem capazes de montar uma imagem do desenvolvimento de cada célula desde sua fase no embrião até se tornar parte de um órgão adulto.

Mais especificamente, observando os números e tipos de mutações no DNA celular, os pesquisadores foram capazes de avaliar se a célula se dividiu poucas ou muitas vezes e detectar traços genéticos do processo de dano e reparo do DNA as quais as células tem sido expostas durante a vida do indivíduo. Além disso, comparando cada mutação celular com outras células do corpo permitiram os cientistas mapear detalhadamente o desenvolvimento do zigoto.
“Com essa nova abordagem, nós podemos analisar criteriosamente o desenvolvimento de um organismo,” afirma Sam Behjati, do Wellcome Trust Sanger Institute. “Se nós podemos entender melhor como células saudáveis se transformam conforme se dividem ao longo da vida de uma pessoa, nós ganharemos compreensão fundamental no que pode ser considerado e como se difere do que vemos em células cancerígenas”.
Cientista estudaram ainda células do estomago, intestino delgado, intestino grosso e próstata de ratos. As células isoladas foram cultivadas para produzir DNA suficiente para ser sequenciado. Eventualmente, a técnica de sequenciamento de células isoladas desenvolverá tanto que esse tipo de experimento poderá ser conduzindo usando apenas uma célula, de acordo com Dr. Behjati. Entretanto, as pequenas quantidades de DNA em células isoladas significa que as informações da mutação podem não ser precisas o suficiente para reconstruir estudos precisos do gene.
"Foram observadas diferenças entre os tecidos nos números e tipos de mutações acumuladas por cada célula, o que provavelmente refletem diferenças no número de divisões celulares que foram submetidos e variadas contribuições de diferentes processos de mutação. Se as taxas de mutação de células somáticas, isto é, de células que não estão diretamente ligadas à reprodução do indivíduo, são semelhantes às de ratos, os resultados indicam que os conhecimentos precisos para o desenvolvimento e a mutagênese de células humanas normais será possível".
Esse experimento utilizou ratos saudáveis. Se a mutação aponta semelhanças nas células humanas, essas técnicas podem ser usadas para gerar conhecimento para “história de vida” de células de um humano normal.
A aplicação dessas técnicas permitirá aos cientistas fornecer uma clara ideia de como as células adultas se desenvolveram desde que passaram a existir. Além disso, observando os diferentes tipos de mutações e as vezes em que elas ocorrem os cientistas serão capazes de obter uma espécie de “diário”, escrito pelo DNA, do que cada célula saudável vivenciou durante sua existência, e então, com esse conhecimento, explorar como afeta o gama de doenças humanas, segundo Mike Stratton, diretor do Sanger Institute.
Para saber mais, clique aqui.

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