sexta-feira, 16 de maio de 2014

Testes com substâncias de coral destroem superbactéria hospitalar

O coral orelha-de-elefante (Phyllorgorgia dilatata), espécie existente apenas na costa brasileira, é capaz de controlar uma das superbactérias com maior resistência a antibióticos, o KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase).

Superbactérias são bactérias patogênicas que com uso indiscriminado de antibióticos, sofrem ao longo do tempo, um processo de seleção natural, adquirindo multirresistência a diversos antibióticos. Sua propagação em ambientes hospitalares é a principal consequência dessa seleção, sendo assim, sua disseminação é facilitada por pacientes que já possuem outras doenças.

A superbactéria KPC adquiriu essa resistência a antibióticos devido a mutação genética da qual sofreu, além disso, possui a capacidade de tornar-se resistente à outras bactérias. Essa bactéria é encontrada em fezes, no solo, em vegetais, na água, em frutas e cereais e sua transmissão é feita através do contato com as secreções de um indivíduo infectado, quando nos hospitais as normas básicas de desinfecção e higiene não são respeitadas. A KPC é responsável por causar infecções sanguíneas, no trato urinário e em feridas cirúrgicas que podem evoluir para uma infecção generalizada e, além disso, pneumonia.

Outras moléculas retiradas de animais como corais e esponjas que combatem outras bactérias, mas não o KPC. Pesquisadores de Ciências Genômicas e Biotecnologia da Universidade Católica de Brasília e do Projeto Coral Vivo realizaram testes em outras seis espécies, escolhidas pelas características desses animais, que por provavelmente possuírem barreiras química, sobrevivem à alta competitividade no ambiente marinho.

Não se sabe se a substância é capaz de combater essa superbactéria é originária do coral ou de uma bactéria que vive associada a ele, relata Clovis Castro, biólogo e coautor da pesquisa.

Para saber mais, clique aqui.

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