domingo, 23 de março de 2014

Nanomontagem robótica mostra futuro das biofábricas

Pesquisadores apresentaram uma técnica de microrrobótica inédita capaz de montar componentes de materiais biológicos em escala nano.
Projetada exclusivamente para lidar com a delicadeza das células vivas, a estrutura automatizada promete ser a base de uma biofábrica, uma fábrica para construir tecidos vivos.
A engenharia de tecidos - a área que procura desenvolver métodos e técnicas para fabricar tecidos artificiais - também é um meio prático para os pesquisadores estudarem o comportamento das células, incluindo a resistência das células de câncer à terapia, ou para testar novas drogas ou combinações de drogas para tratar doenças.
Indo além, a capacidade para projetar e construir órgãos artificiais usando células do próprio paciente pode acabar com o problema da falta de órgãos para transplantes, assim como eliminar as preocupações relacionadas com a rejeição de órgãos doados.
O projeto de biofábrica emprega uma codificação magnética executada por microrrobôs, que marcam com precisão hidrogéis que levam em seu interior células vivas individuais.
O microrrobô, que é controlado remotamente por campos magnéticos, pode mover um hidrogel de cada vez, construindo estruturas complexas com precisão.
Nanomontagem robótica mostra futuro das biofábricas
Essa manipulação precisa é crítica na engenharia de tecidos porque a arquitetura dos tecidos humanos é complexa, com diferentes tipos de células dispostas em vários níveis ou em locais diferentes.
A localização das células é essencial porque determina a forma como a estrutura final irá funcionar.
"Em comparação com as técnicas anteriores, esta tecnologia permite um controle verdadeiro sobre a engenharia de tecidos de baixo para cima," disse Savas Tasoglu, um dos idealizadores da nanobiofábrica.
A equipe já demonstrou na prática que a construção de tecidos usando hidrogéis manipulados pelos microrrobôs pode ser realizada sem afetar a vitalidade e a capacidade de reprodução posterior das células.
"Nosso trabalho vai revolucionar a montagem tridimensional precisa de blocos básicos de tecidos complexos e heterogêneos, e servirá para melhorar a complexidade e a compreensão dos sistemas de engenharia de tecidos," afirmou Metin Sitti, outro membro da equipe.
Para saber mais Clique aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário