sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Microrganismos na mineração

Hoje em dia, os processos de reciclagem no Brasil evoluíram de forma impressionante, chegando a grandes porcentagens do lixo. Um dos problemas dessa reciclagem é o lixo eletrônico, de computadores, micro-ondas, tudo que tem circuitos elétricos impressos, até mesmo uma pequena calculadora.

Foi nesse ponto que Luciana Yamane, bolsista FAPESP com essa pesquisa, enxergou uma grande possibilidade. Através de uma técnica chamada de bio-hidrometalurgia, que utiliza bactérias para fazer a extração de cobre desses circuitos, conseguiu ser muito eficiente na extração bem como em seu custo e sustentabilidade, já que é muito menos poluente e inofensiva aos seres humanos.

Já é possível fazer a extração de cobre e outros metais desses circuitos, mas são utilizados ácidos ou através de pirometalurgia para fazer a extração resultando em altas temperaturas, que são problemas de gasto de energia e também para os rios se não forem bem tratadas, além da emissão de gases poluentes.

O desafio da pesquisa foi fazer com que as bactérias sobrevivessem ao meio em que seriam colocados os resíduos triturados dessas placas, uma vez que fibras de vidro e outros materiais são tóxicos para elas. A solução foi fazer uma seleção de bactérias resistentes colocando pequenas concentrações dos resíduos até chegar ao ponto de conseguir colocar 28 gramas para cada litro de solução.

A bactéria Acidithiobacillus ferrooxidans linhagem LR é inoculada oxidando os íons ferrosos transformando-os em íons férricos (Fe+3), que oxidará o cobre liberando-os dos grânulos da placa e dissolvido na solução, conhecido como biolixiviação. O processo de separação do cobre solubilizado é feito através de técnicas convencionais e por meio de processos já estabelecidos.

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