domingo, 17 de novembro de 2013

Vírus transgênico da AIDS pode ajudar no tratamento de doenças genéticas

           Dois estudos publicados recentemente revelam que um dos maiores vilões da atualidade, o vírus da AIDS, pode ser usado no tratamento de doenças genéticas consideradas graves, como a leucodistrofia metacromática e a síndrome de Wiskott-Aldrich, que provocam a morte prematura de crianças.

Nos estudos o vírus é modificado geneticamente de modo a servir como um “vetor do bem”, carregando o gene que irá corrigir a mutação genética. Depois os cientistas inseriram o vírus transgênico nas células que apresentavam a mutação, eles se fixaram na membrana celular e introduziram seu material genético no interior da célula. As células com DNA do vírus foram inseridas novamente nos pacientes e elas passaram a produzir DNA de forma correta, ou seja, sem a mutação que causa a doença.

Foram 15 anos de pesquisa até se que conseguisse realizar os testes em pacientes e até que eles apresentassem um resultado positivo. Em crianças com síndrome de Wiskott-Aldrich, que danifica as células sanguíneas e enfraquece o sistema imunológico, depois da realização dos testes a produção de plaquetas e linfócitos no sangue foi normalizada. Já em portadores de leucodistrofia metacromática, distúrbio que causa o acumulo de lipídeos, a quantidade de proteínas saudáveis superou a quantidade de defeituosas e acabou por evitar o processo neurodegenerativo da doença.

Agora, os pesquisadores buscam o aprimoramento da técnica até que essa se mostre 100% segura e a aplicação em outras doenças genéticas. 

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