segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Parceria contra a obesidade

Imagem de tecido adiposo: peptídeos que têm relação direta com o desejo de ingerir alimentos são alvo do projeto de pesquisa
Um grupo de pesquisadores da Alemanha (MDC) e do Brasil (Unifesp) selou um acordo de cooperação internacional, cujo foco é o estudo das cininas, uma família de peptídeos gerada no sangue e nos tecidos que tem relação direta com o desejo de ingerir alimentos e outros parâmetros clínicos, como processos inflamatórios e pressão arterial, na tentativa de comprovar a eficácia de antagonistas de cininas como possíveis drogas antiobesidade.

No recém-firmado acordo internacional, com duração prevista de três a quatro anos, o papel do grupo alemão será produzir os novos animais transgênicos. Assim que o camundongo transgênico for gerado e caracterizado nos laboratórios do MDC, entrará em ação a equipe da Unifesp, que ficará responsável por realizar os experimentos fisiológicos com o animal.

Nos camundongos transgênicos criados, serão ‘desligados’ os genes relacionados aos receptores B1, responsáveis pela transmissão das ações das cininas. O receptor B1 está intimamente envolvido na sinalização da leptina, um hormônio, pertencente à classificação das cininas, que funciona como modulador de apetite. Níveis elevados dessa substância no sangue reduzem a fome da pessoa e para isso torna-se necessário que os animais gerados sejam deficientes em receptores B1.

Agora a ideia é aprofundar essa investigação e tentar descobrir exatamente qual tipo de receptor B1 – já que ele é encontrado no tecido adiposo e em diversos órgãos – teria relação direta com a obesidade.

Caso a pesquisa seja bem sucedida, pretende-se gerar drogas antiobesidade baseadas no antagonista do receptor B1 capazes de chegar até o cérebro para ter melhor eficácia.



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