sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Perda e ganho de material genético desafiam o uso dessas células em terapia

O neurocientista Stevens Rehen e sua equipe no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicaram na revista Frontiers in Cellular Neuroscience um artigo no qual eles discorrem e chamam a atenção para um fenômeno que atinge com frequência as células-tronco: a aneuploidia (perda ou o ganho de cromossos). A ocorrência desse evento deve exigir cautela no uso dessas células tanto em pesquisas como em potenciais terapias. 


Rehen afirma: “Embora também ocorra em organismos vivos e saudáveis, a aneuploidia observada nas células em cultura não enfrenta a pressão seletiva de mecanismos que as eliminem”, comenta Rehen, coordenador do Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionárias da UFRJ, onde esse tipo de célula é usado para tentar construir modelos experimentais do que ocorre em doenças neuropsiquiátricas."


Para Rehen a aneuploidia é aparentemente uma falha na divisão celular comum em órgãos que passam por fases aceleradas de desenvolvimento, como o cérebro. De modo geral, a aneuploidia é vista como indesejável porque pode levar ao desenvolvimento de doenças neurológicas e psiquiátricas e até mesmo à morte do feto. Nas células-tronco embrionárias em cultura a forma mais comum de aneuploidia é o ganho de uma cópia extra dos cromossomos 12, 17 ou 20, em geral observado em células tumorais. 

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