segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Droga contra leucemia mostra eficácia para esclerose múltipla



Estudos realizados na Universidade de Cambridge, Grã-Bretanha, mostraram que a droga Lemtrada, utilizada no combate à leucemia, é eficaz para tratar pacientes com esclerose múltipla, diminuindo as chances de uma recaída e as taxas de atrofia cerebral.

A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, provocada pelo próprio sistema imunológico do paciente, e ocasiona um processo inflamatório no cérebro que compromete a mielina, uma espécie de gordura que temos recobrindo nossos neurônios e que mantém o funcionamento dos circuitos cerebrais. Com a perda da mesma, passamos a ter uma diminuição na condução do estimulo nervoso, existindo a formação de áreas de cicatrização, ou escleroses, que dão origem a diferentes sintomas sensitivos, motores e psicológicos.

De acordo com a pesquisa, o medicamento, agora de nome alemtuzumabe, pode ser eficaz para pacientes que ainda não foram submetidos a nenhuma terapia assim como para aqueles que não respondem ao tratamento convencional. Na fase final do estudo clínico do fármaco, em um período de dois anos 65% dos pacientes que receberam alemtuzumabe não apresentaram nenhuma crise, em comparação com os 47% que receberam interferon beta-1a (Rebif), medicamento receitado a pessoas com a doença.

"Embora o alemtuzumabe possa causar efeitos colaterais sérios, eles podem ser identificados e tratados com um programa de monitoramento", diz Alasdair Coles, coordenador do estudo. Durante os testes, foi possível observar que o medicamento pode ocasionar o surgimento de outras doenças auto-imunes.



Fonte: VEJA

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