segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Oxigenação sanguínea sem respirar?


Microcápsulas esféricas formadas por monocamada de lipídeos cercando uma pequena bolha de gás oxigênio foram usadas para manter coelhos com a traqueia bloqueada vivos por até 15 minutos. Essa experiência sugere uma forma alternativa para a oxigenação do sangue, sem passar pelos pulmões, de pessoas com as vias aéreas danificadas ou obstruídas. Essa técnica tem potencial para a prevenção de ataques cardíacos e danos cerebrais induzidos por falta de oxigênio.
         Anteriormente, diversos médicos tentaram tratar baixa oxigenação no sangue das mais diferentes formas. Mas todas apresentaram perigos, como por exemplo, a injeção de oxigênio livre, na forma gasosa, pode ocasionar o acumulo de bolhas maiores, formando bloqueios potencialmente letais. A injeção de oxigênio líquido, evita esse problema, porém o procedimento precisaria ser feito a temperaturas muito baixas, o que apresenta alto risco ao paciente.
         As microcápsulas, no entanto, não apresenta esses riscos: o oxigênio é injetado na forma gasosa, o que evita as baixas temperaturas, e por ele estar encapsulado e suspenso em uma emulsão líquida, não permite que se formem bolhas maiores.
         Outro diferencial das microcápsulas é que elas não precisam receber o oxigênio do pulmão para carrega-lo pelo corpo, pois elas são injetadas diretamente na corrente sanguínea, onde á hemácias em circulação, fazendo com que, em segundos, o oxigênio se difunda nas células.
         A espuma de lipídeos que recobre as microcápsulas não trazem danos para o organismo, pois conforme o oxigênio as deixa, os lipídeos se rompem e o corpo os reabsorve.
         Os coelhos usados nas experiências mantiveram pressão sanguínea e frequência cardíaca normais durante os 15 minutos em que foram mantidos vivos sem respirar. Além disso, não mostraram nenhum dano posterior causado por falta de oxigenação.
         A pretensão para essas microcápsulas é seu uso em situações de emergência, como o bloqueio de traqueias, e não suporte para vida a longo prazo, pois elas só substituem o pulmão por um período bem limitado de tempo, já que as micropartículas não recirculam. Como são de ação rápida, fácil produção e baixo custo, pois são montadas praticamente sozinhas quando componentes lipídicos são expostos a ondas sonoras intensas em um ambiente oxigenado, são perfeitas para  essas situações de emergência.


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