sexta-feira, 13 de julho de 2012

Mosquito transgênico contra a dengue


Para o combate à dengue, o Brasil dará início à produção do mosquito transgênico, supervisionada pelo Ministério da Saúde. No último sábado (7) foi inaugurada uma fábrica na Bahia com a maior capacidade de produção mundial do mosquito da dengue estéril. A unidade funcionará em Juazeiro, sede da empresa pública Moscamed, biofábrica especializada na produção de insetos transgênicos para controle biológico de pragas.
Aedes aegypt: filhos do mosquito geneticamente
alterado não conseguirão se desenvolver.
Uma primeira linhagem de mosquitos transgênicos foi desenvolvida pela empresa britânica Oxitec e, em 2010, pesquisadores da USP adaptaram esta linhagem às condições brasileiras. Para a produção em larga escala do mosquito, a USP fechou uma parceria com a Moscamed.
Estes mosquitos liberados no ambiente, em maior quantidade do que o existente na natureza, vão copular com as fêmeas, mas sua prole nunca chegará a ultrapassar a fase de larva, o que deve diminuir a população do mosquito até que controle a transmissão da dengue.
O Aedes aegypti  transgênico já foi testado em dois bairros de Juazeiro, Mandacaru e Itaberaba, entre 2011 e 2012, ambos com cerca de 3 mil habitantes e com um alto índice do mosquito. A população do mosquito foi reduzida em 90% com a adoção da técnica.
A ideia é a liberação dos insetos no município baiano de Jacobina, com 79 mil habitantes e apresentou 1.647 casos de dengue em 2012. A ação é inédita mundialmente: é a maior liberação de insetos transgênicos de controle urbano do mosquito da dengue. O governo do estado da Bahia está investindo 1,7 milhões no projeto.
Conforme os resultados, o governo poderá expandir a estratégia para todo o País e, dentro de alguns anos, incorporá-la ao Sistema Único de Saúde (SUS) como um dos mecanismos de combate à doença.

Produção e atuação do mosquito transgênico.

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