segunda-feira, 30 de julho de 2012

Medicamento restaura a visão de ratos


As descobertas de cientistas americanos publicadas nessa última semana no periódico científico Neuron trazem uma nova esperança para o tratamento de duas formas comuns de cegueira: a degeneração macular e a retinite pigmentosa.

O medicamento desenvolvido na pesquisa, de nome AAQ, tem o poder de reativar as células mortas da retina. Pequenas injeções intra-oculares de AAQ restauram o reflexo pupilar à luz, amplificando as respostas das células ganglionares, além de prolongarem a sensibilidade de vários tipos de neurônios da retina. Funcionando de maneira semelhante à anestesia local, a molécula do medicamento, fotossensível, se fixa em canais iônicos e responde à presença de luz. 

Sem a necessidade de intervenção cirúrgica, é uma forma mais simples de tratamento. A fotossensibilização ocorre rapidamente e não requer modificação genética. “Chegamos a um produto simples, o que significa que você pode mudar a dosagem, usar em combinação com outras terapias, ou pode interromper se não gostar dos resultados”, explica Richard Kramer, professor de biologia molecular e celular da UC Berkeley. O surgimento do fármaco pode ser uma alternativa aos implantes de microchips e aos transplantes de células-tronco, apesar de o estudo em ratos mostrar que o tratamento não é permanente.

Não se sabe ao certo o quanto a visão dos ratos foi restaurada, porém a pesquisa comprova que o medicamento faz efeito quando a pupila dos animais que passaram pelo tratamento reage à presença de luz forte, enquanto a dos ratos sem tratamento não apresentou respostas.


No vídeo abaixo, pode-se comparar a reação das pupilas dos ratos com tratamento (à direita) e sem tratamento (à esquerda).

 


Fonte: Veja

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