quarta-feira, 11 de julho de 2012

Circuitos que atuam sobre a fome podem ser ligados e desligados


Camundongo se alimenta em resposta à
ativação de neurônios responsáveis pela fome 
Através de experimentos em camundongos geneticamente modificados, cientistas norte-americanos mapearam um circuito neuronal específico, responsável pelo controle da fome. Com isso, conseguiram ligar e desligar o circuito, alterando as reações dos animais de forma imediata.

Os testes foram feitos em um período do dia em que camundongos, bem alimentados, geralmente não comem. Esses estudos consistem em ligar e desligar a conexão entre neurônios hipotalâmicos denominados AGPR, que liberam ocitocina em outra região do hipotálamo.

Segundo o PhD Scott Sternson, autor do estudo e cientista do Instituto Médico Howard Hughe, “ao ligar e desligar o circuito neural, os camundongos mudaram rapidamente de comportamento. Antes em estado letárgico, passaram rapidamente a procurar por alimento”.

A manipulação de circuitos neuronais é extremamente difícil, afirma Sternson, e, para isso, os pesquisadores usaram um complexo de ferramentas virais, moleculares e genéticas para alcançar o circuito desejado. Foi usado também a sensibilização através de luzes, que eram enviadas aos neurônios AGRP através de um cabo de fibra óptica, controlando a fome.

O cientista ainda afirma que "ao ativar os neurônios AGRP, rapidamente a fome foi ativada. Descobrimos que a fome induzida com a ativação dos neurônios AGRP exige a supressão dos neurônios de ocitocina".

Os estudos buscam desenvolver tratamentos para disturbios alimentares, como a síndrome de Prader Willi, cujos portadores carecem de neurônios de ocitocina e, consequentemente, possuem fome excessiva, que não é sanada com a ingestão de alimentos.

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