sábado, 17 de março de 2012

Um novo meio de combater infecções por C.albicans

Cientistas da Universidade de Toronto encontraram um mecanismo molecular que tem um papel importantíssimo na transição da levedura da Candida albicans em fungo patogênico - uma das principais causas de infecção hospitalar. A descoberta realça a importância do aquecimento no crescimento fúngico e fornece um novo alvo para terapias com o uso de drogas para conter infecções por Candida albicans.

A bactéria normalmente é inofensiva aos humanos, porém ela se torna infecciosa em determinadas condições ambientais e genéticas, com o aumento da temperatura como um dos fatores principais. Ela pode produzir infecções brandas ou severas, como as sistêmicas.

O primeiro trabalho de mapeamento molecular da Candida albicans foi feito em 2009 pela professora Leah Cowen do Departamento de Genética Molecular da Universidade de Toronto, o qual relacionou o crescimento da fungo com a função de uma "chaperona molecular" chamada de proteína de choque térmico 90 (Hsp90). Em conjunto com um proteína, Hms1, uma ciclina e uma enzima, formam um circuito metabólico responsável pela patogenicidade do fungo.

Os pesquisadores mostraram que uma deleção no Hms1 inibe a infecção pela Candida albicans, apontando para uma possível terapia clínica. Com isso em mente, a professora Cowen e seu laboratório examinaram outras vias metabólicas que interagissem com a Hsp90.

Foram testadas 226 interações metabólicas com a Hsp90, em diferentes temperaturas com diferentes drogas anti-fúngicas, sendo que 224 eram inéditas. Desse modo, os pesquisadores têm um grande número de alvos que podem regular a morfogênese e a resistência a drogas da Candida.

Fonte: Physorg.com (em inglês)

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