sábado, 30 de julho de 2011

Proteção ao Maracujá

      Nesta notícia, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), em parceria com o IAC (Instituto Agronômico de Campinas) e a UEL (Universidade Estadual de Londrina) desenvolveram um kit de diagnóstico precoce da doença de difícil controle e de ocorrência generalizada em maracujá, conhecido como bacteriose do maracujá, causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis. A cultura infectada, apresenta folhas com lesões e os frutos impróprios para o consumo, que traz prejuízos de 20 a 30% dos produtores, sendo que o Brasil é o maior produtor e consumidor mundial do maracujá, e vem registrando significativa perda no campo por causa da doença, que ao contaminar um maracujeiro, contamina todo o resto da cultura, sendo a única saída a queima de toda a plantação. Por essa razão, esse kit é de grande importância para eliminar possíveis disseminadores da bactéria, evitando maiores perdas de produção.
     Para o desenvolvimento do kit, a pesquisadora responsável Maria Lúcia Carneiro Vieira da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiros (ESALQ-USP), coletou as bactérias em diferentes áreas de plantio do maracujá no Brasil, e através de análises genéticas, procurou-se saber a variabilidade entre todas as bactérias que atacam o maracujeiro, para depois comparar com o genoma de Xanthomonas contaminate de outras culturas, e desenvolver uma técnica específica para a Xanthomonas axonopodis do maracujá. A técnica utilizada nesse kit, é a reação em cadeia da polimerase (PCR), que a partir de uma amostra de folha do maracujeiro, vai amplificar uma sequência específica do genoma do patógeno (Xanthomonas axonopodis), se presente, e assim denunciar a presença do patógeno, e consequente eliminação da planta, para que não contamine outras.
    Para a realização da análise, não será preciso ir até um laboratório que faça o exame. Bastará enviar a amostra a ser analisada pelo correio, e o custo de cada análise ficará em torno de R$ 3,00, preço muito baixo perto de todos os danos que poderão ser evitados.
    Notícia da Pesquisa FAPESP online. Para ler a notícia original clique aqui.

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